quinta-feira, 26 de março de 2009

É complicado.

Eu não pertenço a esse lugar. Sou de uma era onde a pizza não vinha pronta e o sanduíche não vinha gelado, onde a comunicação era ao vivo, as pessoas tinham mais respeito pelos outros. Mais amor, mais sonhos. Sou do tempo em que a moda não era tão importante, que as pessoas não eram julgadas pela aparência e sim pelas atitudes. No meu tempo, as pessoas davam mais valor aos sentimentos do que às unhas e cabelos. E, no meu tempo, por incrível que pareça, eu era feliz. Mas com toda essa confusão: Pizza gelada, sanduíche pronto, pessoas sem pudor, sem amor, sem metas e sonhos, modismo e aparencia na cabeça, eu acabei cansando! Cansei de tanta hipocrisia. Quero amor, quero paz, quero meu tempo de volta. Mas já que o tempo não volta, quero fazer meu tempo em qualquer lugar, em qualquer tempo.
Tenho certeza de que um dia eu me mando daqui!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Saudade.

Acaba em saudade. Há sofrimento enquanto a saudade persiste. Saudade de tudo o que eu pensei ser. Saudade de tudo que só houve em pensamento. Saudade da ilusão. Saudade de mim.

Vômito.

Passados alguns dias, em muitos casos até alguns anos, eu sou soube que aquilo não fazia bem, e ia continuar não fazendo.
Prazer momentâneo, como comer chocolate em excesso. Repita o erro. Ame novamente. Sentimento escroto, dama na rua, puta na cama.
Às vezes, sinto que sou igual.

Fome.

Não tem mesa posta
Não tem novidade no prato
Não tem suco na mesa
Nem felicidade no copo

Tem carinho na panela
Não tem gás pra cozinhar
Tem barriga cheia de dor
Mas ainda vazia de amor

Já tem carinho posto na mesa
Já tem novidade na panela
Já tem copo cheio de alegria
Já tem suco de amor na barriga

quarta-feira, 18 de março de 2009

Queria poder conseguir escrever numa carta tudo o que sinto agora, e sinto-me ligeira e absurdamente incapaz de não consegui-lo. Jogá-la ao mar para, quem sabe, alguém que entenda encontrá-la, seria sorte demais. Mas ainda assim, não seria o bastante. Queria alguém pra amar, beijar, compartilhar, abraçar. Queria alguém pra abraçar.

sexta-feira, 13 de março de 2009

De quando a gente chora...

Do olho que cai a lágrima, escorre lentamente a emoção que se sente. Tristeza ou alegria, quem sabe euforia ou até monotonia. De qualquer forma, são todos sinceros.
Sinceros, mas nem tanto. Existem lágrimas que frustram-se ao cair, pois não conseguem expressar tudo o que se sente.
Lágrimas são seres independentes de você, você sente e elas se jogam a hora que querem.
Chorar é lindo, sensação de liberdade, loucura coagulada, desentupimento de consciência ou até de coração.
Nesse momento, não sou mais carne e osso, sou lágrima. Logo, sou emoção impulsiva ou impulso emotivo.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Estou voltando.

Voltando as cores
Com menos dores
Ainda que os rancores
Muito me atormentem.
Lembro das suas cores
Desde o rosado da tua boca
Até o castanho dos teus olhos.
Reabitar o teu ser
Encher-me de flores e alegria
Em cores se desfazia...
Em dores a refazia...
Apenas amor!

quinta-feira, 5 de março de 2009

pausa para:

- T R A I N S P O T T I N G -
Choose life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television! Choose washing machines, cars, compact disc players and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol, and dental insurance.Choose fixed interest mortgage repayments.Choose a starter home. Choose your friends.Choose leisurewear and matching luggage. Choose a three-piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics. Choose diy and wondering who the fuck you are on a Sunday morning.Choose sitting on that couch watching mind-numbing, spirit-crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pissing your last in a miserable home, nothing more than an embarrasment to the selfish, fucked up brats you spawned to replace yourself. Choose your future. Choose life. But why would I want to do a thing like that? I chose no to choose life... I chose something else. And the reasons? There are no reasons.

(Escolha viver. Escolha um emprego. Escolha uma carreira, uma família. Escolha uma televisão enorme. Escolha lavadoras, carros, CD players e abridores de latas elétricos. Escolha saúde, colesterol baixo e plano dentário. Escolha uma hipoteca a juros fixos. Escolha sua primeira casa. Escolha seus amigos. Escolha roupas esporte e malas combinando. Escolha um terno numa variedade de tecidos. Escolha fazer consertos em casa e pensar na vida domingo de manhã. Escolha sentar-se no sofá e ficar vendo game shows chatos na TV comendo porcaria. Escolha apodrecer no final, beber num lar que envergonha, os filhos egoístas que pôs no mundo para substituí-lo. Escolha o seu futuro. Escolha viver. Mas por qual razão eu iria querer fazer uma coisa assim? Optei por não optar por vida. Optei por outra coisa. E as razões? Não há razões.)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

pensamentos vãos e incompletos...

Perdida no espaço, em um mundo que só eu conheço. Fujo pra lá quando canso da perfeição mundana. Que, para mim, não tem nada de perfeito. A única perfeição que eu conheço são os meus pensamentos. Perfeitos, porém um tanto quanto complexos e confusos. Confusos, mas nem tanto. Nada que não seja explicável. Olhe-me fixamente nos olhos e entenderá.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

:x

- Por que existo?
-- Porque penso.
- Por que penso?
-- Porque tenho dúvidas.
- E, para quê ter dúvidas, se quem faz a verdade sou eu?
-- Porque não acredito na minha própria verdade.
- Se eu não acredito na minha própria verdade, por que vou acreditar na sua?
-- Porque existo, e se existo, questiono a existência.
- Se questiono a existência, não acredito em verdade alguma. Então, o que sou?
-- Ilusão.